A Força Aérea Componente (FAC) desempenha um papel crucial na Operação Pantanal II, coordenada pelo Comando Conjunto Pantanal II. Atualmente, a operação visa combater os incêndios que afetam o bioma pantaneiro, uma das maiores áreas úmidas do mundo. A região enfrenta um dos piores períodos de queimadas dos últimos anos.
Intensificação das ações
A FAC, sob o comando do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), gerencia o espaço aéreo e coordena o apoio logístico na área. Logo, este apoio inclui transporte aéreo para diversas agências e ações diretas no combate aos incêndios. Para essas atividades, foram mobilizados o KC-390 Millennium e helicópteros das Forças Armadas, Marinha do Brasil (MB), Exército Brasileiro (EB) e Força Aérea Brasileira (FAB). O KC-390 Millennium já lançou mais de 700 mil litros de água nos incêndios. Além disso, o ARP RQ-900 Hermes, do 1º/12º GAV – Esquadrão Hórus, auxilia na identificação de pontos de calor.
Até o momento, a FAC coordenou mais de 300 horas de voo com aeronaves militares. Entre elas, destacam-se os helicópteros H-60L Black Hawk da FAB, UH-12 Esquilo, UH-15 Super Cougar da MB, HM-1 Pantera e HM-3 Cougar do EB. Essas aeronaves são essenciais para operações aéreas e apoio logístico.
Comandante da FAC, Brigadeiro do Ar Alessandro Cramer, ressalta a importância do trabalho realizado. “O fogo se espalha muito rapidamente nesta época de seca, e muitos locais são de difícil acesso. Por isso, o trabalho realizado pela FAC é fundamental, tanto no combate aos incêndios em voo quanto no apoio logístico, reduzindo o tempo de resposta das equipes de brigadistas nas regiões de difícil acesso.”
Visita Presidencial e Avaliação da Operação
Na terça-feira, 31 de julho, o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, visitou Corumbá para supervisionar a Operação Pantanal II. Durante a visita, contou-se com a presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e de outras autoridades, como o Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, e o Comandante do Exército Brasileiro, General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva. Ademais, juntos participaram de um briefing conduzido pelo General de Exército Luiz Fernando Estorilho Baganha, responsável pelo Comando Conjunto.
Durante o briefing, o assunto foi os desafios logísticos e operacionais da operação. Os resultados do primeiro mês foram apresentados, mostrando a mobilização diária de mais de 400 militares. Esses profissionais utilizaram 20 rastreadores, seis antenas, oito aeronaves, 25 embarcações e 64 viaturas. Além disso, cerca de 2.000 agentes foram mobilizados, transportando mais de 89 toneladas de equipamentos para a região. As ações incluíram 164 missões aéreas com mais de 700 mil litros de água lançados e 88 missões de reconhecimento.
O evento também resultou na sanção da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo. Após o briefing, a comitiva realizou um sobrevoo sobre a região, observando os impactos dos incêndios e o trabalho das equipes de combate.
Contexto da Operação Pantanal II
A Operação Pantanal II foi oficialmente ativada no dia 27 de junho, conforme a portaria 3.179 assinada pelo Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho. O Comando Conjunto Pantanal II, sob a liderança do General de Exército Baganha, coordena esforços das Forças Armadas para combater os incêndios na região do Pantanal por quatro meses. A operação cobre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e utiliza seis helicópteros, dois aviões, embarcações e viaturas para transporte de militares, brigadistas e equipamentos.
Perspectivas
Em suma, a Força Aérea Componente e as Forças Armadas têm desempenhado um papel essencial na Operação Pantanal II. Com operações aéreas e logísticas intensivas, a FAC tem contribuído significativamente para o combate aos incêndios e para o suporte às equipes no terreno. A visita presidencial e as atualizações sobre a operação destacam a importância da cooperação e dos recursos mobilizados para enfrentar esta crise ambiental crítica. A continuidade dos esforços é fundamental para a proteção do Pantanal e para a manutenção da biodiversidade e segurança das comunidades locais.
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Por: Militar Caveira