No último sábado (20), o Governo Federal intensificou seus esforços para combater o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY) com a operação “Xaraka II”.A missão, que significa “flecha” no dialeto Yanomami, é parte da Operação Catrimani II, coordenada pelo Ministério da Defesa. Contou com a colaboração das Forças Armadas, da Força Nacional e da Casa de Governo em Roraima. O objetivo foi desarticular a infraestrutura dos garimpeiros. As ações ocorreram na região de Waikás, cerca de 300 km de Boa Vista, às margens do Rio Uraricoera, uma área muito impactada por mineração ilegal.
Resultados da Operação
Os militares identificaram dois garimpos ilegais, onde encontraram 200 kg de cassiterita embalados e cerca de uma tonelada do mineral espalhada pelo terreno. Este minério, também conhecido como “ouro negro”, possui um valor significativo no mercado de extração e beneficiamento, com o quilo avaliado em R$ 56. Para minar a capacidade operativa dos garimpeiros, as equipes destruíram 10 motores, 3 geradores, 3 motobombas, uma esteira e uma motosserra, equipamentos essenciais para as atividades de mineração. As estimativas sugerem que a infraestrutura básica de cada acampamento na região chega a R$ 30 mil.
Ações das Forças Armadas
Desafios Persistentes
A Terra Indígena Yanomami enfrenta desafios significativos, devido a uma crise humanitária agravada pela presença de garimpeiros ilegais. Desde janeiro de 2023, o governo federal tem implementado medidas emergenciais para mitigar a situação. Entre essas medidas, destacam-se o envio de profissionais de saúde e cestas básicas. Além disso, foram enviadas forças de segurança para conter as atividades de mineração ilegal.
Ademais, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) estima que ainda existam cerca de sete mil garimpeiros ilegais operando no território. Essa estimativa representa uma redução de 65% em comparação ao início das operações governamentais, quando aproximadamente 20 mil invasores estavam presentes.
Apesar dos esforços, a crise persiste. Um ano após a declaração de emergência, o garimpo ilegal continua a ameaçar a região e sua população indígena. O governo federal permanece comprometido em erradicar essas atividades e melhorar as condições de vida dos Yanomami.
Operação Catrimani II
A Operação Catrimani II demonstra o compromisso do governo brasileiro em proteger a Amazônia e seus povos indígenas contra a mineração ilegal e crimes ambientais. Coordenada pela Casa de Governo em Roraima e conforme a Portaria GM-MD N° 1511, de 26 de março de 2024, a operação visa atuar de forma preventiva e repressiva. O foco é combater o garimpo ilegal, ilícitos transfronteiriços e agressões ambientais.
Além disso, a operação integra órgãos de Segurança Pública, agências governamentais e Forças Armadas para melhorar a eficácia. O General Plácido ressalta que “a colaboração entre as instituições tem sido essencial para o sucesso e a proteção dos interesses nacionais”.
A Operação “Xaraka II” é crucial no combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. A continuidade dessas ações é fundamental para proteger o ecossistema e os direitos dos indígenas.
Com uma estratégia bem planejada e a cooperação entre várias entidades, o Brasil reafirma seu compromisso com a defesa dos recursos naturais e a justiça social. Assim, a Operação Catrimani II se destaca como um pilar na luta contra a mineração ilegal e suas consequências devastadoras.
CONTINUE ACOMPANHANDO TUDO SOBRE O MUNDO MILITAR AQUI!
Por: Militar Caveira