As Forças Armadas do Brasil continuam a desempenhar um papel crucial no cenário esportivo internacional. Atualmente, cerca de 35% da equipe brasileira nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 é composta por atletas militares. Segundo dados do Ministério da Defesa, entre os 277 atletas que compõem a delegação do Brasil, 97 fazem parte do Programa de Incorporação de Atletas de Alto Rendimento (PAAR), uma iniciativa que tem demonstrado resultados notáveis desde sua criação. São ao todo:
- Marinha: 44 militares
- Exército: 31 militares
- Aeronáutica: 23 militares
Programa de Incorporação de Atletas de Alto Rendimento (PAAR)
O PAAR foi estabelecido em 2008 pelo Ministério da Defesa com o objetivo de incorporar atletas de alto rendimento nas Forças Armadas. Esse programa visa promover o desporto nacional e fortalecer a imagem das Forças Armadas tanto no Brasil quanto no exterior. Além disso, o PAAR motiva a prática esportiva entre os militares e representa as Forças em competições nacionais e internacionais. Dessa forma, ele tem contribuído significativamente para o sucesso esportivo brasileiro.
Os atletas selecionados para o PAAR tornam-se militares temporários, integrando as equipes da Marinha, Exército e Aeronáutica. O processo de seleção é rigoroso, avaliando o desempenho dos atletas em competições nacionais e internacionais. Além disso, as medalhas conquistadas em eventos esportivos são um critério importante para a seleção dos atletas. Assim, a seleção é feita com base em critérios de excelência esportiva, garantindo que apenas os melhores sejam incorporados ao programa.
Saiba mais sobre o PAAR: https://www.gov.br/defesa/pt-br/assuntos/esporte/programa-de-alto-rendimento
Benefícios para os Atletas Militares
Os atletas do PAAR recebem todos os benefícios da carreira militar. Isso inclui salário, assistência médica, odontológica, psicológica, social e religiosa. Além disso, eles têm acesso a infraestrutura de ponta para treinamento, utilizando as instalações das Forças Armadas, como o Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan) da Marinha, o Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx) e a Universidade da Força Aérea (Unifa). Essa infraestrutura permite que os atletas treinem em condições ideais, com suporte técnico e científico especializado.
Outro benefício importante é que os atletas têm a possibilidade de se alistar voluntariamente para o programa, mantendo a possibilidade de participar do programa Bolsa Atleta. Isso garante uma flexibilidade adicional para que os atletas possam desenvolver suas carreiras esportivas de maneira mais abrangente e eficiente.
Atletas Militares nas Olimpíadas de Paris 2024
Nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, os atletas militares do Brasil competem em 21 modalidades das 39 em que o país está representado. Essas modalidades incluem Águas Abertas, Atletismo, Boxe, Canoagem, Esgrima, Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Judô, Levantamento de Peso, Mountain Bike, Natação, Pentatlo Moderno, Remo, Saltos Ornamentais, Taekwondo, Tiro com Arco, Tiro Esportivo, Triatlo, Vela, Vôlei de Quadra e Vôlei de Praia. Curiosamente, 54% dos atletas militares são mulheres, mostrando a diversidade e a inclusão promovidas pelo PAAR.
O General de Brigada Carlos Vinícius Teixeira de Vasconcelos, Diretor do Departamento de Desporto Militar, destaca as altas expectativas para os atletas militares em Paris. Segundo ele, a presença dos militares nas Olimpíadas contribui não apenas para a conquista de medalhas, mas também para a projeção do Brasil no cenário esportivo mundial. Essa participação reforça o compromisso das Forças Armadas com o desenvolvimento do esporte no país.
Histórico de Sucesso dos Atletas Militares
A presença de atletas militares nos Jogos Olímpicos tem sido notável desde 2012. Nos Jogos de Londres 2012, 51 dos 259 atletas brasileiros eram militares, conquistando cinco das 17 medalhas do Brasil. Em 2016, no Rio de Janeiro, 145 dos 465 atletas eram militares, responsáveis por 13 das 19 medalhas brasileiras. Já nos Jogos de Tóquio 2020, os atletas militares representaram 41% das medalhas conquistadas pelo Brasil.
Os atletas militares desempenharam um papel fundamental nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Eles conquistaram oito das 21 medalhas do Brasil. Entre os destaques estavam Ana Marcela Cunha, que ganhou ouro na maratona aquática, Kahena Kunze, que também conquistou ouro na vela, e Abner Teixeira, que garantiu uma medalha de bronze no boxe. Esses resultados reforçam a importância do PAAR na preparação e desenvolvimento de atletas de alto nível
Além disso, em modalidades como boxe, canoagem slalom, hipismo adestramento, maratona aquática, pentatlo moderno, remo e triatlo, o Brasil teve uma representação significativa de atletas militares. Nas modalidades de vôlei de praia e saltos ornamentais, 75% dos atletas eram militares. No taekwondo, essa porcentagem foi de 66,6%, enquanto na ginástica artística foi de 57,1%.
Expectativas para Paris 2024
As expectativas para Paris 2024 são altas, considerando o histórico de sucesso dos atletas militares. A diversidade de modalidades em que os atletas militares competem demonstra a amplitude do programa e a qualidade do treinamento que recebem. Com 97 atletas militares competindo em Paris, o Brasil espera repetir o sucesso das edições anteriores e continuar a elevar o nome do país no cenário esportivo internacional.
Além disso, a participação dos atletas militares nas Olimpíadas ajuda a promover a imagem das Forças Armadas como uma instituição que apoia o desenvolvimento do esporte no Brasil. A capacidade dos atletas de combinar habilidades militares com excelência esportiva exemplifica o compromisso das Forças Armadas com o fortalecimento do desporto nacional.
A presença dos atletas militares nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 é uma demonstração clara do impacto positivo do PAAR no desenvolvimento esportivo brasileiro. Com um legado de sucesso em edições anteriores, os atletas militares continuam a contribuir significativamente para as conquistas esportivas do Brasil e para a projeção do país no cenário esportivo mundial.
Por: Militar Caveira
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