Tropas de Elite dos EUA Enfrentam Desafios no Treinamento do Exército Brasileiro

Recentemente, duas das mais renomadas unidades de forças especiais do mundo, a Delta Force e os SEALs dos EUA, enfrentaram uma surpreendente dificuldade durante um treinamento no Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) do Exército Brasileiro. Este treinamento, considerado básico, revelou desafios imprevistos na selva amazônica.

Desafios na Selva: O Teste dos SEALs e Delta Force

As tropas de elite dos Estados Unidos são vistas como as mais preparadas globalmente, e as descrevem como altamente eficientes e adaptáveis a qualquer ambiente. No entanto, a experiência vivida na Amazônia revelou uma realidade distinta. Em 2010, durante uma visita ao Brasil, uma equipe mista da Delta Force e dos SEALs dos EUA se viu frente a frente com as exigências do treinamento na selva.

Intercâmbio Militar e o Curso do CIGS

Na época, o presidente do Brasil era Luiz Inácio Lula da Silva, e Barack Obama era o presidente dos Estados Unidos. A relação amigável entre os dois países possibilitou um intercâmbio militar. Uma equipe especial das forças armadas dos EUA participou do treinamento no CIGS em Manaus, Amazonas. O Coronel Fernando Montenegro, então chefe da equipe de instrução do CIGS, ofereceu aos visitantes a chance de participar de um curso de operações na selva.

Guerra na Selva: O que é? 

Guerra na Selva é um curso intensivo do Exército Brasileiro, que oferece técnicas exclusivas com o intuito de preparar os militares para a sobrevivência na Floresta Amazônica Brasileira. O curso de Guerra na Selva tem duração de 12 semanas e é considerado o mais difícil do mundo! O curso possui três fases, são elas:

Vida na selva: No período mais curto do curso, aprendem-se as técnicas básicas de sobrevivência na floresta amazônica, como instruções sobre alimentação, primeiros socorros, rastreamento e caça.

Técnicas especiais: Nesta fase os alunos colocam em prática diversas técnicas como tiro, agilidade com obstáculos, navegação, fabricação de armadilhas, topografia e instalação de antenas; e

Operações: A última etapa consiste em simular um grupo de patrulha, reproduzindo situações como: guerras convencionais, utilização de helicópteros e aviões e deslocamento em selva.  

Quais as patentes necessárias para participar? É necessário ser da Corporação de Polícia Militar, Oficial ou Sargento de carreira.

Menos de 35 anos: Capitão, Tenente, Aspirante, Cadete, 2° e 3° Sargento;

Mais de 35 anos: Oficial Superior, Subtenente e 1° Sargento.

Para os estrangeiros, é necessário ser um oficial das nações amigas.

Rejeição do Treinamento Formal

No entanto, o adido militar dos Estados Unidos no Brasil rejeitou a oferta. A equipe norte-americana alegou que, devido à sua vasta experiência em operações ao redor do mundo, preferia um exercício militar de ambientação na selva em vez de um curso formal. Eles solicitaram um desafio que fosse ainda mais exigente, conforme as capacidades do CIGS, para um exercício em nível avançado.

Fracasso Inesperado: Desempenho Aquém do Esperado

Em uma entrevista para o canal do YouTube do veterano das Forças Armadas Luiz Henrique, o Coronel Montenegro revelou que preparou um exercício básico, projetado para não criar dificuldades desnecessárias. Mesmo assim, a equipe de elite estrangeira encontrou problemas significativos. Após apenas alguns quilômetros de marcha na selva, os soldados começaram a apresentar dificuldades extremas. Eles ficaram rapidamente exaustos e, conforme relatado, a moral da equipe caiu drasticamente.

Problemas de Adaptação e Adaptação do Exercício

Os operadores especiais dos SEALs e da Delta Force, carregando armamentos, equipamentos e mochilas, não conseguiram manter o ritmo. De acordo com fontes, a equipe estrangeira pediu que a marcha fosse interrompida até que estivessem novamente em condições ideais. A situação forçou a equipe de instrução do CIGS a ajustar o exercício, tornando-o mais fácil para evitar um incidente diplomático entre as nações.

Sigilo e Repercussão

Para preservar a diplomacia e evitar ofender os militares norte-americanos, o Coronel Montenegro manteve a identidade das tropas em sigilo. Apesar disso, a informação vazou, o que mostrou que o destacamento que teve dificuldades foi composto por operadores especiais da Delta Force e dos SEALs.

Um Teste Revelador

O episódio ilustra que, apesar da fama e da reputação das tropas de elite, até mesmo os mais treinados podem enfrentar desafios inesperados em ambientes totalmente diferentes de seus habituais. O treinamento no CIGS não só testou a resistência dos SEALs e da Delta Force, mas também destacou a complexidade das operações em ambientes extremos, como a selva amazônica.

Enquanto Hollywood e a mídia frequentemente glorificam as capacidades dessas unidades, a realidade muitas vezes revela que o treinamento em condições adversas pode ser um teste surpreendente e implacável, desafiando até mesmo os mais renomados soldados do mundo.

Fonte e Imagens: CIGs – Exército Brasileiro

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima